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2012 - Livro Vermelho 2013

Paullinia riodocensis Somner VU

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 30-07-2012

Criterio: B2ab(i,ii)

Avaliador: Daniel Maurenza de Oliveira

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Paullinia riodocensis é uma liana que já foi considerada endêmica do norte do Espírito Santo e sul da Bahia, no entanto, hoje se sabe que ocorre do Paraná até Alagoas. A AOO foi estimada em 64 km². Sabendo que a espécie ocorre em Floresta de Restinga ao longo da costa atlântica, uma fitofisionomia que historicamente foi degradada pela ocupação humana, pela agricultura extensiva durante os ciclos econômicos do café e cacau e pela especulação imobiliária, é possível identificar menos de 10 situações de ameaças, colocando-a na categoria "Vulnerável" (VU). Devido à Restinga ser um hábitat bastante frágil, as ameaças incidentes comprometem profundamente a qualidade do hábitat da espécie. Os loteamentos para a construção de imóveis e o estabelecimento de indústrias, notadamente nas áreas não protegidas, são ameaças que reduzem a AOO e a EOO.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Paullinia revoluta Radlk.;

Família: Sapindaceae

Sinônimos:

  • > Paullinia riodocensis ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita originalmente em Bradea 6: 169 1993. A espécie é conhecida vulgarmente como "marinheiro" (Rocha, 2009) e guaraná do mato (Germano Filho et al., 2000). Sendo caracterizada por apresentar folhas coriáceas, com bordos muito revolutos e com fruto do tipo cápsula que é largamente alado com bordos ondulados (Somner, 1993).

Distribuição

A espécie ocorre nos Estados da Bahia, Alagoas, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Paraná (Somner et al., 2012).

Ecologia

Espécie liana, monóica, com registro de floração de maio a junho e em agosto e outubro e frutificação de maio a agosto e em outubro, ocorre em Mata Atlântica e Caatinga (Somner et al., 2012, Hatschbach, 46765 FUEL; Dutra, 05, 67, 177 VIES; Pereira, 513,3131, 3329, 5507 VIES; Assis, 188 VIES)

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Vulnerável" (VU), segundo a Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).

Referências

- ROCHA, J.M.S.; SOARES, M.C.S.; MOURA, J.P. Estudo etnobotânico para preservação da área de restinga da praia de Guriri em São Mateus/ ES: Aspectos de Licenciamento Ambiental. Revista Águas Subterrâneas, v. 01, p. 20, 2009.

- SOMNER, G.V.; FERRUCCI, M.S.; ACEVEDO-RODRÍGUEZ, P. Paullinia in in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <>. Acesso em: 12 Jul 2012.

- SOMNER, G.V. Duas espécies novas de Paullinia (Sapindaceae) para o sudeste do Brasil. Bradea, v. 06, n. 19, p. 167-172, 1993.

- GERMANO FILHO, P.; PEIXOTO, A.L.; JESUS, R.M. Espécies vegetais descritas a partir de espécimes coletados na Reserva Florestal de Linhares, Espírito Santo, Brasil. Bolétim do Museu de Biologia Mello Leitão, v. 11/12, p. 35-48, 2000.

- SIMONELLI, M.; FRAGA, C.N. (ORG.). Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo, IPEMA, Vitória, 2007.

Como citar

CNCFlora. Paullinia riodocensis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Paullinia riodocensis>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 30/07/2012 - 15:47:16